15 Filmes para ver no mês da Consciência Negra


Feriado em várias cidades brasileiras a data comemorativa do Dia da Consciência Negra foi instituída em 2003 e faz referência à Zumbi dos Palmares, morto em combate em 20 de novembro de 1695.

Em 2011 a presidente Dilma instituiu que a data será denominada Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

Zumbi.20.nov

Líder do Quilombo dos Palmares, que ficava no Estado de Alagoas, Zumbi é considerado um símbolo de resistência à escravidão e da luta pela liberdade e pela igualdade dos direitos dos africanos que foram escravizados e trazidos para o Brasil.

A data deve ser relembrada e comemorada para que possamos todos nos conscientizar do valor da cultura afro-brasileira e da necessidade de erradicarmos o racismo em nossa sociedade, um grande problema herdado da era colonial escravocrata imposta pelos colonizadores portugueses.

Seguem algumas dicas de filmes brasileiros, relacionados ao tema, para você assistir:

  1. Quilombo (1984 – Dirigido por Carlos Diegues)

O filme conta a história do Quilombo dos Palmares e de seus líderes, entre eles Ganga Zumba e seu herdeiro e afilhado Zumbi que enfrenta o maior exercito jamais visto na história colonial brasileira.

(https://www.youtube.com/watch?v=v7CYGqJsFvU)

 

  1. Quanto vale ou é por quilo (2005 – Dirigido por Sergio Bianchi)

O filme faz um paralelo entre acontecimentos reais do período da escravidão e uma estória fictícia sobre uma ONG corrupta que nos dias atuais atua na favela, a nova senzala, explorando a miséria do proletariado, os escravos do sistema capitalista.

(https://www.youtube.com/watch?v=fZhaZdCqrHg )

 

  1. Orfeu Negro (1959 – Dirigido Por Marcel Camus)

O enredo é inspirado na mitologia grega, na história de Orfeu e Eurídice. A adaptação ambientou a obra no Brasil, em uma favela do Rio de Janeiro, na época do Carnaval. O roteiro do filme foi adaptado por Camus e Jacques Viot a partir da peça teatral Orfeu da Conceição de Vinícius de Moraes. A trilha sonora é de Tom Jobim, Luís Bonfá, Vinícius de Morais, Antônio Maria, e Agostinho dos Santos. O filme foi refeito em 1999, sob o nome Orfeu.

(https://www.youtube.com/watch?v=uwn4vYR_3Y4)

 

  1. Besouro (2009 – Dirigido por João Daniel Tikhomiroff)

No interior da Bahia, na década de 1.920, os negros continuavam sendo tratados como escravos, apesar da abolição da escravatura ter ocorrido décadas antes. Entre  eles Besouro, que foi o maior capoeirista de todos os tempos. Um menino que, ao se identificar com o inseto – que ao voar desafia as leis da física – desafia ele mesmo as leis do preconceito e da opressão. Besouro é um filme de aventura, paixão, misticismo e coragem.

(https://www.youtube.com/watch?v=q-t5cL-Pdfw)

 

  1. Macunaíma (1969 – Dirigido por Joaquim Pedro de Andrade)

Baseado no romance homônimo de Mario de Andrade, o filme “Macunaíma” narra a metamorfose do herói preguiçoso e sem caráter que nasce negro e se faz branco para emigrar da selva para a cidade. Ao longo de suas aventuras fantásticas Macunaíma e seus dois irmãos oferecem uma antologia abrangente do folclore brasileiro, misturando mitos antigos e situações atuais do homem no mundo das máquinas.

(https://www.youtube.com/watch?v=FNoga3IxPHs)

 

  1. Cafundó (2006 – Dirigido por Clóvis Bueno e Paulo Betti)

O filme é uma obra de ficção inspirada em um personagem real saído das senzalas do século XIX, um ex-escravo e “milagreiro” de Sorocaba, João de Camargo, que criou uma igreja.

(https://www.youtube.com/watch?v=nGin4q0xh2w)

 

  1. O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1969 – Dirigido Por Glauber Rocha)

O filme é conhecido internacionalmente como Antônio das Mortes, nome do protagonista deste e de outro filme do diretor, Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964). Apesar da história simples, o diretor Glauber Rocha a conta de uma forma alegórica, misturando cordel e ópera, priorizando a música e os ritos folclóricos próprios da população nordestina. O Dragão é inicialmente Antônio das Mortes, assim como São Jorge é o cangaceiro. Depois, o verdadeiro dragão é o latifundiário, enquanto o Santo Guerreiro passa a ser o professor quando pega as armas do cangaceiro e de Antônio das Mortes. Em suma, tais papéis sociais não são eternos e imóveis, e tais componentes de agrupamentos sociais solidamente conservadores, ou reacionários, ou cúmplices do poder, podem mudar e contribuir para mudar. Basta que “entendam onde está o verdadeiro dragão”.

(https://www.youtube.com/watch?v=xx_QFips7Ow)

 

  1. Atabaques Nzinga (2008 – Dirigido por Octávio Bezerra)

Nzinga é um filme sobre a cultura afro-brasileira, no qual a protagonista é atraída pelo “chamado do tambor” em busca do autoconhecimento. Viajando pelas estradas de Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro, ela conhece diferentes ritmos, grupos musicais e coreográficos, procurando e encontrando sua integração na sociedade brasileira.

(https://www.youtube.com/watch?v=73oEieI7q3Q)

 

  1. O amuleto de Ogum (1974 – Dirigido Por Nélson Pereira dos Santos)

Violeiro cego conta (canta) a história de um menino cujo pai e irmão foram assassinados e que, a pedido da mãe, vai a um terreiro de umbanda para “fechar o corpo” (proteger-se pelos espíritos). Crescido, envolve-se com o crime e a contravenção na Baixada Fluminense, até que se envolve com amante do bicheiro e é jurado de morte — mas conta com a proteção do amuleto de Ogum.

(https://www.youtube.com/watch?v=Xc0B2AL1WYU)

 

  1. Tenda dos Milagres (1977 – Dirigido por Nélson Pereira dos Santos)

Adaptação do romance de Jorge Amado publicado em 1969 na Bahia que descreve cenas do início do século XX, onde Pedro Archanjo, o ojuobá (olhos de Xangô) do Candomblé, mulato, capoeirista, tocador de violão e bedel da Faculdade de Medicina da Bahia, defende os direitos dos negros e mestiços afrodescendentes.

(https://www.youtube.com/watch?v=L0aokUnFS0o)

 

  1. Atlântico Negro – na rota dos Orixas (1998 – Dirigido por Renato Barbieri)

“A África faz parte do imaginário brasileiro e é um dos nossos mais ricos e misteriosos mitos”, diz o narrador nos primeiros minutos. O documentário, como sugere o titulo, faz a viagem entre os continentes unidos pelo Atlântico, mas opostamente à maioria das obras documentais que buscam estudar a ligação entre África e Brasil, Atlântico Negro faz o caminho inverso, através do conceito e da prática. Com especial atenção para aspectos das religiões dos orixás, o filme busca o continente africano a partir de um novo conceito de visão sobre o passado e as relações atuais entre os continentes.

(https://www.youtube.com/watch?v=FmRrSUesNTY)

 

  1. Pierre Verger: Mensageiro entre Dois Mundos (1999 – Dirigido Por Lula Buarque de Holanda)

Gilberto Gil é quem narra e apresenta Verger: Mensageiro entre Dois Mundos. O filme traz a última entrevista de Pierre Verger (filmada um dia antes de seu falecimento, em 11 de fevereiro de 1996), além de extenso material fotográfico, textos produzidos por Verger e depoimentos de amigos como o documentarista Jean Rouche (Musée de l’Homme, Paris), Jorge Amado, Zélia Gattai, Mãe Stella, Pai Agenor e o historiador Cid Teixeira. A tão famosa ponte criada por Verger entre a cultura negra na Bahia e na África, rompida desde os anos 40, é reestabelecida no filme quando Gilberto Gil refaz o papel de Mensageiro e percorre os mesmos caminhos do fotógrafo. Outra descoberta de Verger apresentada no filme, são os descendentes da única colonização feita por brasileiros: os “Agouda”, africanos, habitantes do Benin e da Nigéria, que ainda hoje cultivam influências brasileiras trazidas por ex-escravos que retornaram do Brasil ao continente africano.

(https://www.youtube.com/watch?v=ZLeJzDKPnSo)

 

  1. Barravento (1961 – Dirigido por Glauber Rocha)

Numa aldeia de pescadores de xeréu, cujos antepassados vieram da África como escravos, permanecem antigos cultos místicos ligados ao candomblé.

(https://www.youtube.com/watch?v=18z3Ppo9lSw)

 

  1. Xica da Silva (1976 – Dirigido Por Carlos Diegues)

Segunda metade do século XVIII. Xica da Silva (Zezé Motta) era uma escrava que, após seduzir o milionário João Fernandes (Walmor Chagas), se tornou uma dama na sociedade de Diamantina. Ela passou a promover luxuosas festas e banquetes, algumas contando com a exibição de grupos de teatro europeus. Sua ostentação fez com que sua fama chegasse até a corte portuguesa.

(https://www.youtube.com/watch?v=SAblNfcrUxk)

 

  1. Ganga Zumba (1963 – Dirigido por Carlos Diegues)

Inspirado pelo Quilombo dos Palmares, uma comunidade de negros fugidos da escravidão, situada na Serra da Barriga, o filme começa num engenho de cana-de-açúcar, no nordeste brasileiro, entre os séculos XVI e XVII onde alguns escravos tramam uma fuga. Entre eles, se encontra o jovem Ganga Zumba, futuro líder daquela república revolucionária, a primeira de toda a América.

(https://www.youtube.com/watch?v=pjEiYGwOxv0)

Pesquisa Cinematográfica: André Praude

Ps.: Se você chegou até aqui e está se perguntando o porquê desse post estar sendo publicado e o mês de outubro ainda nem ter acabado, vou explicar:

Outubro foi adotado como o mês de campanhas de conscientização que tem como objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama.

Que tal se adotarmos novembro como o mês não só da consciência negra mas de conscientização da importância da luta pelo fim das desigualdades sociais e do racismo, pelo respeito às diferenças étnicas e culturais, pelos direitos individuais, coletivos e difusos?

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